sexta-feira, 8 de março de 2013

Fonte da Imagem
Metáfora Visual:
Mulher Berinjela
Aqui temos uma metáfora multimodal, uma vez que há dois modos em questão: a imagem (não-verbal) e a parte escrita (a verbal). Na verbal temos: "A cozinha saudável é a base de uma vida saudável". O leitor tem que perceber que parte do corpo da mulher é uma berinjela. Há uma gama de elementos que podem favorecer a interpretação da imagem. Uma primeira seria a imagem dividida em duas cores, sendo a a primeira para realçar a berinjela e a segunda o corpo da mulher. Nesse sentido, há uma fusão de elementos. A que conclusão o produtor espera que o leitor chegue? Se utilizarmos os conceitos da mesclagem conceptual poderíamos dizer que há dois inputs que caminham paralelos: um vem da berinjela e outro da mulher. No entanto, deveria haver mais inputs pois trata-se de vida saudável. A cor da berinjela é a mesma do biquine da modelo, criando uma perspectiva ótica que confunde a primeira vista. A metáfora visual tem esse poder de fazer com que seu interprete reflita e recupere de sua memória discursiva elementos que à priori são literais e, na imagem, se tornam figurativos. Afinal seria difícil apresentar algo figurativo na imagem sem o recurso da literalidade. Todo o trabalho cognitivo fica por conta do interprete.

Exemplos tirados de: Lições Práticas
 METÁFORA 1
Existem três tipos de metáfora (Exs. extraídos de metáforas animais correntes):

A é B - «És um burro»
B por A - «Este camelo insultou-me» 
A de B «tens memória de elefante»
Breve comentário: Partindo da metáfora A é B de «frio» por calmo (a expressão inglesa «mind cooler» é idiomática por «calmante»), a mente demasiado arrefecida metamorfoseia-se em descomunal icebergue (hipérbole).
Note-se também a antítese do nome do gelado (Solero) com a sua própria essência (temperatura) e a paisagem polar sem calor representada.

METÁFORA 2


Breve comentário: A metáfora visual A de B substitui parte de uma imagem por outra ou parte de outra, mantendo perfeitamente identificáveis no todo os dois elementos, não os fundindo (A é B).   Neste anúncio, a metáfora produz uma criatura fantástica, composta de distintas partes. Procura-se uma sensação visual de integração na natureza, que o produto alegadamente proporcionaria. Esta imagem de umas «costas de beringela» baseia-se na metonímia de produto final (corpo) pela sua origem (alimentos): «nós somos o que comemos», segundo o próprio texto.






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